Como saber se estamos satisfeitos?

Primeiramente: Você sabia que nosso estomago é moldável?

Isto é, quanto mais comemos em volume, maior ele fica, e assim acabamos comendo cada vez mais, precisando cada vez mais de volume de comida para ocupar o estômago, que vai se “dilatando”, e com o passar do tempo isso nos leva a um consumo energético maior. Acabamos por acostumar nosso estomago a um volume de comida maior do que realmente precisamos.

De forma bastante genérica pode-se dizer que possuímos dois sistemas que regulam aquilo que comemos um quantitativo e outro qualitativo.

Pense no nosso estomago como um recipiente de volume limitado, por ele devem passar todos os alimentos para se iniciar o processo digestivo. Quando comemos, a forma de avaliar a quantidade de alimento ingerida se dá pela ocupação física do estômago, como se estivéssemos enchendo um balão. Esse mecanismo de ocupação recebe o nome de saciação – Mecanismo quantitativo

O segundo processo é mais complexo e envolve a avaliação da qualidade do alimento ingerido, em vias gerais, por meio de avaliações da composição sanguínea após o consumo dos alimentos. Assim, quando se deixa de comer determinado nutriente, é comum que esse mecanismo aconteça de forma incompleta. Um exemplo disso é o famoso “grelhado com salada”: tão logo acabamos de realizar essa refeição, rica em proteínas, gordura, vitaminas e sais minerais – porém pobre em carboidratos, sentimos aquela vontade de comer um doce. Isso acontece porque nosso organismo sentiu a ausência do carboidrato, ou melhor, sentiu que a glicemia (concentração de glicose no sangue) pouco se alterou após a refeição – Mecanismo qualitativo (Incompleto no exemplo citado)

É importante ressaltar que na maioria das vezes paramos de comer pela ação do primeiro mecanismo, pela sensação de estomago cheio, uma vez que o segundo mecanismo leva mais tempo para agir.

Atualmente fazemos as refeições cada vez mais rápidas, não dando tempo suficiente para que o organismo comece a digerir os alimentos e absorva os nutrientes, para que atinjam a circulação sanguínea. Dessa forma, não damos tempo para o corpo perceber que foi alimentado e “enviar um sinal” avisando que podemos parar de comer. Paramos porque ocupamos o espaço físico do estômago, e isto muitas vezes, leva-nos a comer mais do que nosso corpo precisa. É muito comum ter a sensação de que se comeu demais alguns minutos depois que se parou de ter parado de comer. Isso acontece porque, algum tempo depois da ingestão, o segundo mecanismo começa a agir, e então teremos por certo período, os dois mecanismos agindo ao mesmo tempo.

Portanto, não basta restringir a ingestão de determinado tipo de nutriente, pois sua ausência será sentida e diversos mecanismos de estímulo ao consumo serão disparados até que essa falta seja suprida – Está ai a grande falha da dieta da proteína.

Fonte: Livro – Fuja das dietas aprendendo a comer: Escolha isso, não aquilo!

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